Fonte: Jornal de Aromatologia/1ª Edição/Ano I/2011
A Evolução de Espécies Vegetais
A evolução na Terra exigiu que muitas espécies tivessem que lidar com grandes adversidades a serem vencidas, entendidas e aceitas. Aquelas espécies mais fracas, incapazes de aprender e mudar, de se adaptar, simplesmente sumiram, deixaram de existir no planeta. As situações enfrentadas, envolviam um aprendizado adquirido à duras penas. Este aprendizado ficou registrado na genética permitindo assim um aperfeiçoamento das espécies. As plantas e árvores viveram isso silenciosa e espiritualmente, de uma forma que o ser humano, por ter esquecido de como fazê-lo, não se encontra mais preparado para entender. As gimnospermas, que surgiram há 450 milhões de anos, foram os primeiros vegetais a possuir óleo essencial. Até então, o planeta não era lá muito perfumado. Elas criaram compostos aromáticos como meio de sobrevivência, já que na mudança glacial, o óleo essencial mesclado à resina, evitava que o frio congelasse a água em seus vasos prevenindo sua morte por hemorragia interna. Pinheiros, tuias, ciprestes, araucárias, juníperos, são remanescentes desta época, onde os grandes dinossauros reinavam. Para se protegerem, estas árvores se armaram, fecharam-se em pinhas, folhas em forma de agulhas e rígidos troncos. Como defesa, tornaram-se seres individualistas e introjetados em si mesmos.
O tempo passou…e há 150 milhões de anos surgiu a primeira flor. Ela surgiu em um momento em que as plantas descobriam que precisavam se comunicar com outras espécies. Assim, de forma romântica e sedutora, elas criaram cheiros que atraiam as abelhas, pássaros, e animais. Criaram pétalas macias e coloridas em seus órgãos sexuais como uma maneira de chamar atenção. Esta foi a era das angiospermas. Neste mesmo período, outras plantas, incomodadas com o ataque de insetos, lagartas e microrganismos, criaram aromas repelentes e antibióticos poderosos, que lhes possibilitaram continuar a perpetuar-se até os dias atuais.O cheiro foi o “verbo”, o meio pelo qual as plantas, no decorrer da evolução, aprenderam a usar para “gritar” e se comunicar, fosse entre si, ou entre as espécies. Mais do que isso, “homeopática” e “quanticamente” falando, o óleo essencial carrega informações importantes e preciosas desta “fala”, deste aprendizado conquistado no decorrer da evolução. E, esta “informação” pode ser absorvida e ser utilizada por outras espécies, pois, o óleo essencial é como uma “frase” ou uma “música” da planta, que pode ser guardada dentro de um vidro, inalada, sendo capaz de despertar sentimentos, sensações e energias ocultas no interior de cada ser. A experiência tem demonstrado que o emprego de óleos essenciais em plantas é muito positivo para seu reequilíbrio, pois devolve a um ser uma informação já introjetada e aprendida por outro, o mesmo se sucedendo conosco e animais. Além disso, compostos químicos presentes nos óleos podem influenciar a germinação, brotação, induzir à florada ou frutificação de forma alelopática e diferente entre as espécies.
Óleos como vetiver, pitanga e a priprioca, induzem aumento no crescimento e fortalecimento de várias plantas folhosas. Óleos de plantas do cerrado como o alecrim do cerrado, são revitalizantes, aumentam a floração e resistência. Breu, tea tree, olíbano aumentam a imunidade vegetal reduzindo o aparecimento de fungos e cochonilhas. Nota-se que as violetas adoram óleo de lavanda, que também reduz a dificuldade de crescimento vegetal visível em ambientes turbulentos e com brigas, talvez por ser antistress e calmante e provir de uma planta que aprendeu a crescer em meio às dificuldades das montanhas pedregosas e frias da Europa. Como usar: 1-3 gotas de óleo em 1L de água. Sacudir bem até diluir. Dar esta água para as plantas na rega 3 X por semana. Mais do que isso pode matar as plantas, portanto sem exageros.