Óleos Essenciais: O Início de sua História no Brasil

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Óleos Essenciais

São substâncias lipossolúveis, porém voláteis, que integram o metabolismo secundário das plantas – aquele que, ao contrário do primário, não está diretamente relacionado com o processo de crescimento, desenvolvimento e reprodução dos vegetais. Em geral, são produzidos por estruturas secretoras especializadas, tais como pelos glandulares, canais oleíferos, células parenquimáticas diferenciadas ou em bolsões, que podem estar por todas as partes da planta ou não.

Início da Extração no Brasil

Iniciou as atividades em 1925, quando começou a extrair o óleo essencial de pau-rosa (Aniba rosaeodora) para substituir a produção franco-guianense que vinha se perdendo em decorrência da intensa exploração da árvore.

Os Primeiros Óleos Brasileiros

● Pau Rosa (Aniba rosaeodora);
● Sassafrás (Ocotea pretiosa Mez);
● Menta Japonesa (Mentha arvensis);
● Laranja (Citrus vulgaris);
● Eucalipto (Eucalyptus citriodora).

Escrito por Wagner Azambuja
Curso de Aromaterapia

História no Brasil

A indústria de óleos essenciais no Brasil iniciou as suas atividades em 1925, quando começou a extrair o óleo essencial de pau-rosa (Aniba rosaeodora) para substituir a produção franco-guianense que vinha se perdendo em decorrência da intensa exploração da árvore. Mas foi só no final da década de 30, com a ocorrência da Segunda Guerra Mundial, que a indústria nacional passou a se desenvolver. Isto ocorreu porque a guerra afetou e desorganizou todo o comércio europeu, fazendo com que as empresas daquela região buscassem novos fornecedores. O Brasil então apareceu como uma alternativa, afinal, além da mão de obra barata, nosso país chamava a atenção por sua enorme riqueza natural. A partir daí, novas culturas começaram a ser exploradas e passamos a disponibilizar no mercado uma variedade um pouquinho maior de óleos essenciais, como sassafrás, menta, laranja e eucalipto.

“Bem antes da indústria de óleos essenciais iniciar suas atividades no Brasil, vários pesquisadores já trabalhavam com este tema, como o farmacêutico Theodor Peckolt. Peckolt, que nasceu na Silésia alemã, atual Polônia, chegou ao Brasil em 1847, onde publicou uma vasta literatura sobre a flora brasileira (cerca de 170 trabalhos), incluindo dados sobre o rendimento e a composição de vários óleos essenciais.”

Óleo Essencial de Sassafrás

De acordo com o trabalho “Os Óleos Essenciais do Brasil“, publicado em 1971 pelo economista Helson C. Braga, antigamente havia a distinção entre três variedades de sassafrás que se diferenciavam pela cor da madeira e pelo conteúdo de óleo: a preta (1,5% de óleo), a parda (1,2%) e a amarela (0,9%). De qualquer maneira, o óleo essencial é um líquido amarelado ou amarelo-avermelhado que se torna escuro e espesso com o tempo. Quando mal conservado, em contato com o ar e a luz, oxida-se e se torna ainda mais espesso e viscoso. Porém, a sua densidade nunca se altera, mesmo em altas variações de temperatura, razão pela qual este óleo já foi utilizado como um componente na fabricação de combustível para espaçonaves. Apresenta cheiro forte e agradável, bem como sabor acre e aromático que lembra a sua origem, e o seu principal constituinte é o safrol, que representa até 95% da sua composição, além de outros elementos, como alfa-pineno, eugenol, cineol, furfural, benzaldeído, n-valeraldeído e outros. É reconhecido como anti-séptico e anti-reumático e apresenta numerosas aplicações industriais.

A primeira destilação brasileira do óleo essencial de sassafrás ocorreu em 1938, em caráter experimental no estado de Santa Catarina (Vale do Itajaí). Pouco depois, com a elevação dos gastos de importação em decorrência da Primeira Guerra Mundial, a produção deste óleo deu um salto gigantesco em território nacional. Em 1942 a produção foi de 40 toneladas, subindo assustadoramente para 2500 toneladas em 1970. Após 1975, porém, a atividade extrativista entrou em declínio, com reflexos nos níveis de produção e de exportação devido à ausência de replantio nas áreas anteriormente exploradas e ao não manejamento das culturas. Com isto, a árvore foi incluída na lista de espécies em risco de extinção e a sua exploração passou a ser controlada. Como já exposto, o principal componente do óleo essencial de sassafrás é o safrol, um fenil-éter volátil. Esse composto é utilizado pela indústria como matéria prima na manufatura de heliotropina (fixador de fragrâncias) e butóxido de piperonila (agente sinergístico nos inseticidas e pesticidas naturais à base de Piretrum). Inclusive, o processo de retificação do óleo essencial de sassafrás para a obtenção da heliotropina se baseia na isomerização do respectivo derivado propenílico, o iso-safrol, por aquecimento com potassa alcoólica, que por fim é oxidado. Deste processo resulta, por destruição parcial da cadeia lateral, o aldeído 3,4-metilenodioxi-benzaldeído ou piperonal, mais conhecido por heliotropina.

Curso de Óleos Essenciais e Aromaterapia

Deve-se a ao botânico alemão Carl Christian Mez (1866-1944) a caracterização definitiva, em 1889, da espécie Ocotea pretiosa Mez, da qual se extrai o “óleo essencial de sassafrás brasileiro“. Mez descreve também a Ocotea cymbarum amazônica.

Óleo Essencial de Mentha arvensis (Cornmint)

No Brasil, a Mentha arvensis foi introduzida durante a Primeira Guerra Mundial pelos imigrantes japoneses, mas foi só em 1936 que se iniciou a cultura com objetivos comerciais (óleos essenciais), a partir de sementes trazidas do Japão. Pouco depois, em conseqüência da Segunda Guerra, houve a interrupção no fornecimento de vários produtos do Oriente, incluindo o mentol, momento no qual a produção nacional deste óleo se expandiu e alcançou 1000 t já em 1943. Com o término da guerra, porém, houve uma crise na produção nacional devido à ocorrência de pragas nas áreas de cultivo – problema que foi rapidamente solucionado com a introdução da variedade IAC-701, desenvolvida pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e que apresentava um melhor rendimento em óleo essencial. Em 1951, o Brasil superou esta crise e a produção novamente ganhou força. Em seguida, já na década de 60, as áreas cultivadas no Paraná se elevaram de 20 mil hectares para 27 mil hectares, o que representava 90% da produção brasileira de óleo essencial de Mentha arvensis e, também, 95% do total das áreas destinadas ao cultivo de matérias-primas para óleos essenciais. Nesta época, o Brasil já ocupava a posição de maior produtor mundial, produzindo cerca de 6000 t de óleo bruto por ano e foi assim até o início da década de 70, quando esta atividade entrou em desaceleração. Isto aconteceu porque os preços deste produto vinham caindo ano após ano e isto não agradava o cenário internacional, que acabou cortando os investimentos do setor. Tal fato, somado à completa exaustão das terras para cultivo, praticamente aniquilou a produção brasileira de Mentha arvensis, que deu lugar a paraguaia, forçando a emigração dos colonos paranaenses, adaptados a esta cultura, para o Paraguai.

Óleo Essencial de Laranja

A laranja-doce chegou ao Brasil em 1549, no estado da Bahia, por meio dos missionários jesuítas e o primeiro registro de extração deste óleo ocorreu em 1930, em São Paulo, por imigrantes italianos que usavam o primitivo método siciliano da “esponja”. Neste processo, as mulheres cortavam os frutos ao meio e separavam as cascas da polpa. Já os homens, com o peso do próprio corpo, comprimiam a parte externa das cascas sobre estas esponjas – que eram colocadas em cima de baldes. Por este processo, não era possível extrair mais do que 80% de óleo essencial, porém, ainda que rústico, trabalhoso e obsoleto, o óleo assim extraído é considerado – por muitos especialistas – um dos mais sofisticados. Com o tempo, houve a natural mecanização deste processo, através do desenvolvimento e a chegada das prensas hidráulicas, porém, foi só com a Segunda Guerra Mundial que a indústria de óleo essencial de laranja brasileira passou a crescer. Afinal, com a guerra, o Brasil passou a fornecê-lo para os Estados Unidos da América que na época buscava alternativas para o crescente consumo de solventes que eram utilizados pelas indústrias plásticas, de tintas e de vernizes. Como o óleo de laranja é rico em d-limoneno, um solvente biodegradável, eles passaram a obtê-lo como uma opção frente à escassez dos tradicionais. Mais adiante, já na década de 60, nosso país passou a abrigar algumas fábricas de sucos concentrados – o que alavancou, definitivamente, as exportações brasileiras de óleo essencial de laranja.

Óleo Essencial de Eucalipto

Originário da Austrália, o eucalipto foi introduzido no Brasil em 1855, com o plantio das variedades globulus e citriodora. No começo do século XX, grandes plantações surgiram próximas à cidade paulista de Jundiaí, por uma companhia de estrada de ferro que tinha o seu objetivo básico no aproveitamento da lenha como combustível. Em decorrência da Segunda Guerra Mundial, houve a interrupção das importações de citronela (do tipo Java) para a preparação de fragrâncias. Com isso a indústria brasileira passou a utilizar o óleo essencial de Eucalyptus citriodora como substituto. A produção iniciou-se na década de 40, com a obtenção de 12 toneladas, evoluindo para 350 toneladas no começo da década de 70. O óleo essencial de eucalipto citriodora é um líquido amarelo ou amarelo-esverdeado que cheira a limão. Dentre os seus constituintes, predomina o citronelal (rhodinal), presente em quantidades que variam de 60 a 85%. Contém, também, citronelol, isopulegol (resultante, talvez, da ciclização do citronelal durante a armazenagem), limoneno, p-cimento e pequenas porcentagens de alfa e beta pineno, cineol e guaiol. Na indústria, este óleo é bastante empregado na fabricação de produtos de limpeza e de repelentes para insetos. Da sua retificação, obtém-se o citronelal, utilizado em perfumaria e também na produção de mentol (via redução do isopulegol). Tônico geral, é considerado um óleo anti-séptico e bactericida. Alivia dores reumáticas, inflamações na garganta e atua como descongestionante das vias respiratórias. É, ainda, o preferido para a aplicação em saunas.

Na década de 50, importantes empresas internacionais especializadas no aproveitamento de óleos essenciais para a produção de fragrâncias e aromas se instalaram no Brasil. É o caso da Givaudan, que chegou ao país em 1949 com a instalação do escritório administrativo no Centro de São Paulo e da fábrica no bairro do Jaguaré. Tal fato provocou um aumento no consumo interno de óleos, dando maior estabilidade a produção bem como a fixação de algumas culturas.

Por fim, vale observar que ao contrário da atual situação dos óleos essenciais de menta e sassafrás, a indústria nacional produtora de óleo essencial de pau rosa mantém as suas atividades em função da preferência das empresas de fragrâncias norte-americanas e européias por este tipo de óleo, ao invés das versões sintéticas do linalol. No entanto, sua exploração só é permitida após a aprovação de um projeto de manejamento sustentável da espécie, incluindo as atividades de replantio das árvores em número igual ou superior às removidas. Já as indústrias dos óleos essenciais de laranja e eucalipto não integram um programa de manejamento tão rigoroso, pois ambas as espécies se adaptam bem a diversas regiões do país e são cultivadas com certa facilidade. Por esta razão, suas indústrias exibem saúde e colocam o Brasil numa posição de destaque frente ao mercado internacional.

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Mostrando 8 comentários
  • Jussara
    Responder

    Há relatos do uso de essências em 2.700 a.C pelos chineses, no mais antigo livro de ervas do mundo, Shen Nung.

    Outro uso documentado de óleos essências se deu em 2.000 a.C. em livros escritos em sânscrito, pelos hindus.

  • tabata
    Responder

    por favor pode me mandar por email algumas indicações de livros que posso achar em bibliotecas academicas ou artigos sobre os oleos essenciais, rotas biossinteticas de suas classes, extração e metodos de analises com CG, EM E RMN.

    OBRIGADA

  • Massao Geraldo Alves
    Responder

    No Brasil, destacamos o trabalho pioneiro do Químico e Farmacêutico alemão Rudolph Hufenüssler, qua já em 1925, dedicava-se exaustivamente ao cultivo de plantas para obtenção de óleos essenciais bem como sua extração e processamento industrial. Entre os autores e cientistas que se destacaram pelo estudo dos óleos essenciais, suas composições e aplicações estão: Otto Wallach, Leopold Ruzicka, Ernest Guenther, Brian Lawrence e Luigi Mondello.

  • Shirley Matos
    Responder

    Por favor, poderia me mandar por email algumas indicações de artigos acadêmicos sobre os óleos essenciais,estou terminando uma pós graduação e gostaria de ampliar os meus conhecimentos.
    Atenciosamente, Shirley.

  • Anibal De Vicente
    Responder

    Olá amigo, boa noite!

    Por favor, pode informar se tem o livro para vender e quanto custa? ou indicar alguma livraria em São Paulo onde posso encontrar. Desde já obrigado.

    Um abraço,
    Aníbal

  • Wagner Azambuja
    Responder

    Realmente Massao, Leopold Ruzicka foi um grande cientista, ganhador, inclusive, do Prêmio Nobel de Química em 1939. Ele foi o responsável pela síntese total do nerolidol e farnesol, pela elucidação da estrutura da jasmona e pela síntese de cetonas cíclicas homólogas de 9 a 34 membros.

  • maria tereza ribeiro
    Responder

    Sou de belo horizonte-mg ,tenho irma q esta c depressao,ansiedade e nervosismo. Que oleos sao mais indicados na aromaterapia p ela?

  • Italo
    Responder

    Prezado Sr Azambuja,

    eu gostaria de obter informações sobre dimo montar um aparelho de hidrodestilação ou de destilação por arraste de vapor.

    Eu já estou habituado com um aparelho de Clevenger. Mas a planta que utilizo possui baixo rendimento. Além disso, há um problema com o design do aparelho. O óleo líquido cai pela mesma abertura por onde entra o vapor. O ideal seria um em que o vapor entrasse por cima.

    Portanto gostaria de contatar o Sr para tirar algumas dúvidas.

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